Local agradável, preço muito elevado, café fraco, atendimento bom, bem localizado.
Bom camping, preço salgado, infraestrutura boa mas não compatível com o preço. Localização de fácil acesso e próximo à rodovia Trans Canadá. Piso em grama, silencioso (regra em todos os campings aqui). Frente as demais opções da cidade, o local se torna uma boa dica.
Hoje foi o dia de menor distância percorrida, menos de 70 km para chegar à Indian Head. A cidade, como a grande maioria, não possui muitos atrativos turísticos. Claro, há uma estátua de uma cabeça de índio na entrada da cidade, simbolizando o nome do vilarejo.
Encontrei um camping particular, bem organizado e com boa infraestrutura. O preço não era muito bom, $25 para armar uma barraca em uma cidade perdida no meio do nada. Detalhe, se alguém tiver interesse em estabelecer algum tipo de negócio ou residência nessa cidade, a prefeitura está dando incentivos fiscais e territoriais.
A noite será complicada para dormir, a temperatura está beirando os 12C. Porém, como um bom filho de pai militar de infantaria, aprendi a me adaptar à situações extremas e sem muito conforto.
Curiosidades particulares sobre a viagem (reflexões do Edu):
As longas horas pedalando são boas para elucubrações sobre a vida. As muitas músicas que baixei ( 4Gb de músicas para o MP3 com ritmos variados, da Bossa Nova, passando pelo Samba, Blues, MPB, Disco, Soft Rock dos anos 80, até as baladas atuais) além de darem ritmo às pedaladas, fazem com que os pensamentos fluam para momentos em família, paixões antigas e diversas situações perdidas no tempo e na memória. É muito interessante recordar e avaliar as passagens da vida com as experiências adquiridas ao longo dos anos.
A outra coisa interessante é perceber os medos que tenho. A solidão da estrada nos primeiros momentos da viagem, gera um frio na barriga e o receio do fracasso de não terminar a jornada. Aos poucos cai a ficha de que tudo não passa de um passeio e não uma competição ou prova de capacidade. Muitas vezes eu esqueço de que a vida é feita para ser vivida da melhor forma possível e não em forma de cobranças contínuas. Vencido o primeiro estágio dos medos, vem o segundo...criado pela imaginação fruto do constante bombardeio de notícias ruins trazidas pela mídia e dos pacotes promovidos por Hollywood. Leva algum tempo até o fantasma dos filmes de terror e do sensacionalismo barato sumir da mente. O último nível dos medos é o existencial, mas esse eu guardarei o direito de manter em segredo. ( chega de filosofia barata...rs)