Hotel é bem simples, limpinho mas muito antigo. Não tem café mas o preço é imbatível, o mais barato que fiquei até agora. Recomendo (é o único em Tompkins, não tem como errar).
Antes de comçar o diário, farei um protesto: quando fiz meu último resumo sobre a viagem, relatei o meu irresistível charme para com as "mosquitas", que não paravam de apreciar meu sangue. Bem, foi só eu elogiar o bom gosto delas que todas sumiram. Não houve qualquer ataque hoje. Resumindo, não importaq a espécie, se for do sexo feminino e nós elogiarmos elas mudam o comportamento...rs. Mosquitinhas, voltem!!!!.Diário estelar de bordo: o repouso do dia anterior foi sob medida para o esforço e hoje. Programei o relógio para me acordar às 6h30, mas despertei sozinho por volta das 5h. Aproveitei para tomar um banho e antecipar o pé na estrada. Parei em um posto para abastecer o nível de açucar (com chocolate quente) e água no sangue e seguir para Tompkins, distante 155km de Red Cliff.
O começo da pedalada foi fantástico, tempo nublado, sem dores e com ritmo. No caminho, como de costume, diversos acenos de carros, motos, transeuntes e até de um trem que apitou para dar apoio moral. Na estrada, diversos motoristas chegam a mudar de faixa para manter uma segurança extra para os ciclistas que pedalam pelo acostamento. Por falar em pista, a malha asfáltica até agora parece um tapete, tenho até medo de elogiar.
Um pequeno susto pelo caminho, o bagageiro da bicicleta quebrou por conta do peso gerado pelas garrafas extras de água e isotônicos. Consegui dar um jeito e voltei a pedalar. Passei pela maior estrutura de cabana indígena (norte-americana) do mundo. Claro, tirei diversas fotos.
Por volta do meio dia, faltando 52 km para terminar o percurso, resolvi parar para descansar. Não poderia despresar um dos raros pontos de apoio à viajantes que encontrei na região.Comi meu último pacote de arroz pronto com chips e hidratei com isotônico. Nessa hora o sol já estava escaldando.
Refeitas as energias, segui viagem imaginando chegar por volta das 16 h. Ledo engano, os Km não passavam. Encontrei sucessivas elevações ( até agora esperando para elas se tornarem descidas) e para complicar, um forte vento frontal. Se GPS tem mãe, a do meu foi chamada de tudo. Por mais que eu pedalasse parecia que a distância não alterava, como se fosse culpa do pobre GPS.Que sufoco ! Acabei terminando a jornada do dia as 18h30 e completamente exausto.
A cidade parece mais cenário de filme de terror, com 150 habitantes e ares de perdida no tempo. Acabei optando por ficar no único hotel/pub da cidade, ao lado do único restaurante e em frente ao único mercado. A diária foi ótima $30. O lugar, embora muito simples, era limpo e confortável.
Corri para o restaurante antes que fechassem as portas (as 19h a cidade literalmente para) e pedi um omelete para repor as proteinas. Enquanto aguardava, corri no mercado e comprei frutas e água para comer algo durante a noite e no dia seguinte ( hotel não tinha café da manhã).
Finalmente, fui dormir. No meio da noite um susto, acordei com fortes dores musculares, inclusive no peito (calma, já está tudo sob controle). Dia seguinte, rumo a Swift Current.